segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Como uma onda

"A vida vem em ondas como um mar", já dizia a letra da música.
Depois do que aconteceu nesse final de semana, não tenho como negar a veracidade disso.
Se na sexta-feira o baixo astral imperava, no sábado tudo mudou.
Mudou como uma onda batendo na areia e carregando sentimentos inexplicáveis.

Eu não esperava que um simples convite para uma tarde na praia e curtir a Banda de Ipanema renderia uma mudança tão grande.
De início, havia a resistência. A preguiça. O desânimo.
Mas chamado de amigo não se pode recusar.
E nesse calor, uma praia sempre cai bem.
Vou.

Opa, já é sábado de manhã.
Vamos confirmar.
Sim, tudo certo.
Até lá.
Hum, mas que preguiça, eu confesso.

Outra janela se abre.
"Como vc está?"
"Vamos indo..."
"Indo para onde?"
"Indo em busca da felicidade."
"Legal. Que horas?"
"Na hora em que seu coração bater mais forte..."
"Nossa, vc está tão poético hoje..."
"É, acordei assim...rsrs... espero que dure bastante essa fase..."

(Pausa)

"Tenho que sair agora. Se quiser companhia para alguma coisa, é só combinar."
"Quer ir a praia + Banda de Ipanema?"

(Pausa)

"Te encontro lá"

(Pausa)

Estranho, o frio na barriga voltou.
Bom sinal.

Na praia, te olho.
Você me olha.
Nossos corpos se aproximam.
"Tá olhando o quê, hein?"
"Não posso te olhar?"
"Não (encabulado)."

Então te beijo, uai...
Você me beija, uai...
Nossas mãos se acariciam no metrô, uai...

E assim um banho de mar recuperou minhas energias.
E assim fiz algo que levei dez meses para conseguir.

De bem.
De boa.
Leve.
Indo em ondas.
Ondas de um mar calmo e sereno...

E cadê a Banda?
Vocês podem perguntar.
A Banda só se concentrou e não saiu.

Ainda bem.
Ainda bem!
Pois meu samba estava sendo tocado nas areias...

Boa semana!


"Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo
Não adianta fugir
Nem mentir
Pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar"

(Como uma onda - Lulu Santos)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Estrada da perdição

Caramba! Este é meu 50º post no blog!
Quantas coisas aconteceram nesse período.
Algumas boas, outras ruins.
Mas o que importa é que cheguei até aqui.

Gostaria que essa postagem fosse mais alegre.
Infelizmente, algumas questões impediram que isso acontecesse.
Me sinto um quero-quero perdido.
Um passageiro na janela de um trem vendo a paisagem e ignorando o destino final.
Me perdi e quero me encontrar.
Ah, como quero-quero!

Nessa virada de ano, prometi para mim mesmo que 2011 seria um ano para agir, realizar.
O ano até que começou bom, com muitos planos e muitas expectativas.
Mas, de repente, ele degringolou abruptamente.

A expectativa deu lugar a apatia.
Os planos foram frustrados.
O futuro se tornou uma gigantesca interrogação cuja resposta estou longe de descobrir.

Medo.
Moleza.
Preguiça.
Desânimo.
Desconfiança.

A origem disso tudo está no ano passado.
São consequências do caminho errado que escolhi.
Entrei na estrada da perdição e não percebi as indicações para parar e retornar.
Segui em frente, sendo levado pelos outros e por um eu que não era eu.
Felizmente fui resgatado pelo superego.

Hoje estou bem.
Estou calmo.
Mas calmo até demais.

Onde deixei minha disposição?
Quando perdi o brilho no olhar?
Por que o coração não bate mais acelerado no primeiro encontro?

Tais respostas estão ocultas pelo destino.
Só me resta continuar vivendo e esperar por coisas melhores.
Desejo que isso tudo seja apenas uma fase.
E será!

Opa, agora caiu a ficha!
Acabei de entrar no meu inferno astral...
Ô, que coisa "maravilhosa"...
Deixa eu ir lá pegar meu guarda-chuva porque vem chuvas torrenciais nos próximos 30 dias...

Bom fim de semana a todos!


"Se os fatos não se encaixam na teoria, modifique os fatos."

( Albert Einstein )