quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Doidos e Santos

De doido e santo, todos temos um pouco.
E cada pouco, me faz mais doido e mais santo ainda.
Contradições a parte, sou uma esfinge.
Decifra-me e nos devoremos.

Sou doido porque acredito no impossível.
Acredito na verdade.
Na reciprocidade.
Tolerância.

Sou santo porque acredito em quem eu sou.
Acredito na bondade.
Na sinceridade.
Amizade.

Ninguém vai fazer com que eu mude de comportamento.
Sou doido e santo com muito orgulho e com muito amor.
Enfim, um doido para devorar e um santo para decifrar...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

E a palavra é...

Continuando nesse balanço de fim de ano, tenho procurado uma palavra ou termo que possa resumir esse ano.
Tem sido uma tarefa difícil.
Afinal, passei por tantas situações.
Se vivi tanta coisa, senti muito mais.

Penso que dividindo o ano por períodos, talvez fique mais fácil.
Em 2011, passei por "fases" bem definidas.
Graças a Deus, sobrevivi a todas elas...

De janeiro a março, passeei pelas depressões ao longo do caminho.
"Susto" e "medo" podem definir esses três meses.
A alternância entre o medo da perda e o medo do ganho me fizeram entender que eu tinha que diminuir o ritmo, reduzir a marcha e, às vezes, nem tirar o carro da garagem.
Por outro lado, percebi num susto que nada nessa vida é para sempre.
Tudo tem seu fim.
Felizmente, não foi o fim e espero que tão cedo não o seja.

Ou foi o fim sim?
Talvez o fim do meu inferno astral diriam os astrólogos e piscianos de plantão.
É, pode ser.

Ah, adoro março!
Adoro o dia 13 de março!
É mais um ano pessoal que se inicia junto com o verão que termina.
Isto significou... recomeço!

Recomecei a caminhar em abril.
Saí das depressões e fui passear na serra.
Subi.
Desci.
E conheci a Serra das "Paixões" no final do mês.

Mas como toda paixão, essa serra é um caminho sinuoso, arisco e surpreendente.
De um grão de areia no deserto, pode brotar uma gota d´água no oceano.
Com o tempo, fui vendo que, quanto mais eu andava para frente, mas o meu destino ficava para trás.
Curioso, não?
Persisti nesse caminho até o dia em que eu cansei.
Para que subir e descer se o caminho era sempre o mesmo?

Então, parei.
Ou melhor, viajei de maio a agosto.
De norte a sul, vivi uma época de "reencontros".
Reencontros físicos.
Reencontros emocionais.
Reencontro com a vida.

De uma conversa inocente, surgiu um "porto seguro" em minha vida.
Me acolheu.
Me aconselhou.
Me deu forças para abrir uma janela que nunca tive coragem de chegar perto.
Antes de abrir, esperava uma paisagem hostil.
Depois de aberta, admirei um dos mais belos cenários que existem na Planície Amiga.

Com as baterias recarregadas, voltei a Serra das Paixões.
"Decepção"?
Não, "confirmação".
Não há termo melhor para definir o que encontrei.
Ah, se eu tivesse ganhado R$1,00 por cada mentira que ouvi!
Já daria para pagar um belo jantar.
Enfim...

Descrente com essa caminhada, em agosto, decidi parar um pouco e sentar.
Não sabia muito o porquê, mas achava que era um momento para refletir.
Redesenhar planos, corrigir falhas e escolher qual caminho a seguir.
Meditando, sinto alguém me cutucando.
De repente, vivenciei uma "leveza".
Não sabia explicar direito.
Apenas entendi que eu tinha que ir pelo Vale Sem Pensar.

Valeu ou não valeu esses três meses?
Hoje me faço essa pergunta e creio que valeu.
Foste meu primeiro "anjo".
E isso é bom.
Por enquanto, é o que tenho para dizer.

Agora, em dezembro, temos o "Horizonte".
Às vezes, sinto que já vi essa paisagem e penso em desistir.
Em outros momentos, penso que não me custa nada seguir em frente até ele.
Queria decidir logo, mas isso não depende só de mim.

Se em 2011 várias palavras se alternaram, espero que no próximo ano haja apenas uma palavra.
Mas qual seria essa palavra afinal?
Viver?
Sonhar?
Conquistar?
Realizar?
Não, acho que não...
Vou ficar com uma mais simples, mais real e mais próxima: Paulinho.
Que em 2012, eu tenha um ano mais "Paulinho".
É tudo que peço, é tudo que mereço...

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Perdas e ganhos

Na vida, nas nossas relações, geralmente há um equilíbrio entre o que ganhamos e o que perdemos.
Ninguém sempre ganha.
Ninguém sempre perde.
Às vezes, há um desequilíbrio para um lado ou para o outro.
Mas logo isso volta ao normal.

Em 2011, balancei até demais.
Eu acho que ganhei muita coisa.
Mas também perdi outras tantas.
Alternei entre bons e maus momentos.
Ora subi na montanha-russa, ora desci.

Sinto que nesse fim de ano estou subindo novamente.
Talvez seja o clima natalino ou a chegada de um novo ano.
Não sei.
Mas há algo novo no reino.
Há uma insustentável leveza.
Há uma felicidade incontida.
Sorrisos brotam do nada.

Tal felicidade veio acompanhada de uma paz interior muito forte.
Ando sereno.
Ando calmo.
Ando mais diplomático do que já sou.
Ando, apenas, sem me preocupar aonde chegarei e se chegarei em algum lugar.

Pensando melhor, acho que atingi essa paz ao perder algumas coisas.
Tenho que reconhecer que foram perdas boas.
Perdi o medo do julgamento de um outro que não existe.
Perdi a necessidade de aprovação daqueles que não estão mais aqui.
Perdi algumas (ou muitas?) pessoas que já deveriam ter ido há mais tempo.

Mas também ganhei.
Ganhei amigos que já tinha.
Ganhei mais um porto seguro.
Ganhei mais autocontrole.
E ganhei uma nova vida dentro da vida.

Torço para que esse processo continue no próximo ano.
Por isso, antecipei as minhas metas principais.
Já comecei a deixar a luz do Céu entrar e me afastei de quem não me merece.
Com tudo mais claro, posso distinguir o meu sol das nuvens passageiras que têm que voar para outras bandas.

Ah, o sol!
Tu és tão belo e radiante!
Me aquece e ilumina os meus passos.
Que haja mais dias ensolarados!
Assim, haverá muito mais ganhos com certeza.

Enfim, é isso.
Vou ali sorrir mais um pouco.
Isso me faz tão bem!
Me dê a sua mão, anjo bom, e vamos juntos contar as horas...

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Navegante

Acho que sou um navegante.
O curioso é que viajo e viajo sem nunca chegar ao meu destino.
Às vezes, ele parece estar logo ali, além do horizonte.
O problema é que o horizonte nunca chega.

Minha viagem começou há alguns anos.
Parti com um escafandro da Cinelândia e mergulhei.
Conheci belos recifes e peixes bonitos.
Contudo, não era aquilo que procurava.

Voltei então para o meu barco.
Viajei ao balanço do vento.
Ora o vento foi amigo, ora foi traiçoeiro.
Mas sempre consegui guiar por caminhos seguros.

Nessa jornada, ancorei em alguns portos.
Nem todos eram portos seguros.
Alguns se fantasiaram para me enganar.
Estes se perderam na própria fantasia.

Guardo na memória sempre aqueles que me acolheram bem.
O porto astral.
O porto Preta.
E o porto amigo.

Sei que voltarei a rever esses lugares.
Mas sei também que meu barco nunca mais ancorará lá.
Esses portos passaram.
Esses portos marcaram.

Busco um porto feliz.
Onde meus beijos sejam na ponta do nariz.
Onde o amanhã seja sempre sempre um bis.
"Tal lugar não existe!" - alguém diz.

Será?
Só sei que navego.
Aonde vou chegar?
Não sei, apenas navego...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Dia de sorte

Hoje é 11/11/11.
Alguns acreditam que é uma data ruim.
Outros acham que é um número cabalístico.
Para mim, foi um dia de muita sorte.

Um telefonema.
Uma surpresa.
Um sorriso.
Dois sorrisos.

Eu te quero.
Tu me queres.
Nós nos queremos.
Eles que encontrem o próprio querer.

Hoje sorri.
Hoje te senti.
Hoje te conheci.
Hoje lembrarei de um dia que vivi.

Eu não me canso de te olhar.
Eu não me canso de ter você para olhar...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Pré-lista de desejos

Faltando menos de dois meses para o ano acabar, já é hora de se começar a pensar como será o próximo.
O que eu quero para 2012?
O que eu pretendo conquistar em 2012?
O que eu quero mudar em 2012?

Para isso, é sempre mais fácil passar para o papel nossos planos e metas.
Ao escrevermos, tornamos nossos desejos um pouco mais concretos.
Eles estão ali.
O primeiro passo já foi dado.

Então, como eu faria minha pré-lista?
Escolheria alguns pontos principais da minha vida.
Analisaria cada um e decidiria o que fica e o que sai.
Num breve rascunho, eis o que penso:

- mais dias com um único sol a brilhar;
- menos dias nublados e menos nuvens de chuva sobre minha cabeça;
- um castelo mais resistente;
- um hospício mais distante;
- menos livros com entrelinhas;
- uma estrada pavimentada com mais tijolos amarelos;
- um manto menos amarrotado;
- laços mais coloridos e;
- um barco para velejar.

Talvez eu esteja pedindo demais.
Ou talvez sonhando de menos.
Mas esses planos são frutos de uma caminhada numa manhã gelada.
Ainda faltam os sonhos de um dia ensolarado.

Em breve, chegarei nesses.
Enquanto isso, vou vivendo minha vida de pinguim.
Rumo sempre ao norte.
Lá, encontrarei melhor sorte...

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Pai Tempo - Ano IV

Olho para o relógio e os ponteiros se movem.
Movo-me para o calendário e os dias passam.
Passo pela janela e os dias e noites se alternam.
Alterna-se a vida e alternam-se os pensamentos que passam.

Passa um dia.
Nada.
Passam dois dias.
Nada.
Passam três dias.
Nada.
Será que vai passar uma semana?

Nessa semana, peço somente aquilo que ofereço.
Ofereço um caminho que almejo.
Ao almejar, o primeiro passo foi dado.
Dado o primeiro, falta agora dar o segundo.

Por um segundo, penso.
Por um minuto, espero.
Por uma hora, olho.
Por um dia, espero.
Por uma semana, torço.
Por um futuro, desejo.

Desejo, mas nada acontece.
Mas nada acontece porque nada acontecerá?
Acontecerá ou valerá a pena ver de novo?
Ou melhor, valerá a pena ver de novo?

De novo, enquanto isso, o Pai Tempo impera.
Impera em seu ano IV.
Quatro anos.
Coincidência?

Não sei.
Quem tem que responder é o Pai Tempo.
Eu apenas espero.
Espero o inesperado.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Minha cabana

Não descobri a cabana num final de semana.
Sinto que a venho descobrindo há dez anos.
No início, olhava de longe e não ousava entrar.
Apenas questionava comigo mesmo sua estrutura.

Com o tempo, passei a frequentar seu jardim.
A estranheza continuava e as questões aumentavam.
Toda semana era a mesma coisa.
E a cada semana, eu insistia em explorar esse jardim atrativo mas nem sempre acolhedor.

Um dia, vi que não poderia continuar frequentando aquele local.
Por mais que eu não fosse o problema, havia um problema.
Saí de lá por outros motivos, mas agradeço por isso.
No momento, foi preciso. Hoje, vejo que foi necessário.

Assim, minha relação com a cabana se modificou.
Às vezes, passo por sua porta e me sinto com vontade de entrar.
Outras vezes, não vejo por que entrar.
E vou levando dessa maneira.

A maturidade é uma árvore que dá bons frutos.
Dentre eles, a serenidade.
Serenidade e tranquilidade.
Tranquilidade e paz.

Hoje, estou em paz.
Em paz comigo.
Em paz com a vida.
Em paz com Você.

Sei que Tu me amas.
Sei que sou assim porque tenho que ser assim.
Sei que nessa vida nada é um ritual.
Sei que minha caminhada está mais iluminada agora.

Vivo.
Amo.
Sorrio.
Entendo.

Confio no tempo.
O tempo é o senhor da razão.
A razão me mostra por onde eu vou.
E onde eu vou, Você está lá.

Simples!
Como não havia percebido isso?
Antes, eu olhava para frente.
Agora, olho para frente e para dentro.

Dentro está minha cabana.
E é por ela estar aqui dentro, que sei que tudo acontecerá no tempo certo.
Já está acontecendo, inclusive.
É o primeiro passo de muitos que virão...

sábado, 17 de setembro de 2011

Ausência de mas, presença de mais

Navego em mares tranquilos.
O vento sopra prazerosamente.
O sol brilha.
Os pássaros cantam.
Os peixes pulam.
E eu sorrio.

Em um almoço, o sonho aconteceu.
Eu te olho.
Você me olha.
O coração bate.
Não bate nem muito rápido, nem muito devagar.
Apenas bate.
E eu sorrio.

Filmes passam a nossa frente.
É a vida no mundo da imaginação.
É o futuro que se apresenta ali.
É também o futuro que se apresenta aqui.
E eu sorrio.

Não há mas.
Há tranquilidade.
Não existe porém.
Há serenidade.
Não existe contudo.
Há presença.
E há sorriso.

Volto a navegar.
Navego pelos sonhos embalado pelo som da esperança.
Descubro então que não há mas.
E é por isso que eu sorrio.
Apenas sorrio...


"...Vem cá, Luiza
Me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo
Vem, me exorciza
Me dá tua boca
E a rosa louca
Vem me dar um beijo..."

(Luíza - Chico Buarque)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Subindo

Agosto é o mês do desgosto frio.
Agosto é o mês dos amigos com quem rio.
Agosto é o mês do meu amor eterno em que me crio.
Agosto é o mês do papel por um fio.

Depois desses altos e baixos, enfim começou setembro.
A primavera já se aproxima.
Novos ares, novos seres.
É um tempo de abertura e de tranquilidade.

Acho que a hibernação está terminando.
Tá tudo tratado e cicatrizado.
Perde-se ali, ganha-se aqui.
Erra-se ali, acerta-se aqui.

Mudança.
Esperança.
Sinceridade.
Sintonia.
Planeta.
Nosso planeta.

Eu estou subindo novamente.
Agora, ninguém me segura!
Ou melhor, espero que me segurem... ^^



"Que lindo que é sonhar
Sonhar não custa nada
Sonhar e nada mais
De olhos bem abertos
Que lindo que é sonhar
E não te custa nada mais que tempo...
Sofrer com tanta angústia
Por coisas tão pequenas
Gastar essa energia
Assim não vale à pena
Quem dera me livrar
Pra sempre de mim mesmo!
E só me reencontrar
Lá no teu doce abismo..."

(A noite sonhei contigo - Paula Toller)

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Samba de uma nota só

Há muito tempo ouço um samba de uma nota só.
Só essa semana que eu fui perceber isso.
E não acredito que seja coincidência.
Se assim acontece, é porque assim tem que acontecer: maktub!

Tudo começou com um: R de descoberta estranha entre borboletas e escafandros.
Depois veio o: R de carinho sincero.
O ápice foi o: R de paixão unilateral.

A partir daí, vieram:
R de falta de interesse.
R de dúvida.
R de amizade verdadeira.
R de erro infantil.
R de decepção nas nuvens.
R de vingança boba.
R de loucura.
R de Rio.
R de menosprezo.
R de rapidez.
R de paciência.
R de conselho.
R de traição.
R de novidade.
R de distância.
R de Cordilheira.
R de instinto.
R de renascimento.
Enfim, R de paz no coração e tranquilidade.

Como tudo começou com um R, a vida se manteve nesse ritmo.
Hoje o R é de espera.
Será que amanhã o R será de encontro?
Não sei.
Enquanto isso, sigo no "Samba do R"...


"Eis aqui este sambinha feito numa nota só.
Outras notas vão entrar, mas a base é uma só.
Esta outra é conseqüência do que acabo de dizer.
Como eu sou a conseqüência inevitável de você..."

(Samba de uma nota só - Tom Jobim)

domingo, 10 de julho de 2011

Semear

Cheguei a um período de entressafra.
Aquilo que foi plantado, já foi colhido.
Alguns grãos ruins foram jogados fora.
Os melhores foram encaixotados e mandados para o beneficiamento.

Desses grãos, alguns darei e outros venderei.
Não quero ficar com muitos.
Quero apenas o melhor.
Quero apenas aquele que me fará bem.

Enquanto esse processo se dá, é novamente tempo de semear.
Semear sementes de paz.
Sementes de esperança.
E principalmente sementes de amor.

Semear.
Sem ar.
Sem mar.
Sem amar.


"Se temos de esperar,
que seja para colher a semente boa
que lançamos hoje no solo da vida.
Se for para semear,
então que seja para produzir
milhões de sorrisos,
de solidariedade e amizade."

(Cora Coralina)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Pai Tempo - Ano III

Tempus.
Tempo.
Tiempo.
Le temps.
Le printemps.

Mal começou o inverno e eu já aspiro a primavera.
Não só a primavera como estação do ano, mas a primavera da alma.
O mundo continua a girar e a vida continua a caminhar.
Como um bom amigo disse, tudo passa, até uva passa.
E como nessa vida tudo é passageiro menos o motorista e o cobrador, fico com a esperança que as coisas irão melhorar.

Tenho fé.
Tenho esperança.
É tudo uma questão de balança...

terça-feira, 14 de junho de 2011

Simplesmente

Simplesmente um sorriso.
Simplesmente um olhar.
Simplesmente preciso.
Simplesmente eu quero sonhar.

Simplesmente uma vida.
Simplesmente um momento.
Simplesmente para ser vivida.
Simplesmente um grande sentimento.

Simplesmente eu mereço.
Simplesmente eu quero.
Simplesmente não tem preço.
Simplesmente eu espero.

Simplesmente simples.


"For what is a man, what has he got?
If not himself, than he has naugth
To say the things he truly feels
And not the words of one who kneels

The record shows, I took the blows
And did it my way"

(My way - Frank Sinatra)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Preciso me encontrar

Acho que o que eu estava sentindo na semana anterior era um prenúncio do que estaria por vir.
Essa vontade de mudar já me acompanhava há algum tempo.
Era aquela vozinha lá no fundo sussurrando palavras que eu realmente não queria ouvir.
Até que eu segui um conselho indireto e resolvi pegar o controle e aumentar o volume.

Sim, eu mereço.
Sim, eu quero.
Sim, devo perguntar.
Sim, tenho coragem.

Pensei mil vezes no que eu iria falar.
Recordei mil coisas que me obrigavam a falar.
Respirei mil vezes antes de falar.
E meu coração acelerou mil vezes ao falar.

Ah, coração!
Ah, emoção!
Ah, razão!
Ah, lindão!

Estávamos os dois encostados na parede.
Estávamos os dois a conversar.
Estávamos os dois a argumentar.
Estávamos os dois a pensar em alternativas.

Como gostamos disto, resumamos a situação numa metáfora.
Estamos os dois na mesma estrada andando juntos.
E temos três opções:

a)eu ofereço minha mão e caminhamos mais juntos;
b)continuamos andando mas não tão juntos;
c)eu vou pela esquerda e você pela direita;

Pergunto, então, qual caminho você escolherá?
A sua não resposta é a minha resposta.
Por me conhecer muito bem, escolho por nós.
Escolho a letra "b".

Agora é esperar o que o futuro nos reserva.
Ah, insidioso futuro!
Tudo começou com você e coincidentemente tudo terminou com você.
Futuro? Futuro...

Parto agora para a prática do desapego.
Recomeçar a caminhada.
Conhecer novos personagens.
Continuar a escrever minha história.

Bazzinga!
The Middle.
Mr. Potter and The Lord of the Rings.
Friends? ^^

Pego o controle remoto para assistir um novo canal.
Mas, alguns programas eu já conheço.
Ja assisti um discurso real.
E já ouvi um discurso real.

Enfim, preciso me encontrar.
Ou melhor, ser encontrado.
Pic-nic?
Sim, pic-nic de emoções...

Bom fim de semana a todos!


"Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver..."

(Preciso me encontrar - Cartola)

terça-feira, 24 de maio de 2011

Cadê meu controle remoto?

Ontem acordei com uma vontade danada de mudar de canal.
Jogar tudo para o alto.
Esquecer e ser esquecido.
Seguir em frente sem olhar para trás.

Fui então procurar o controle remoto da minha vida.
Afinal, bastaria apertar apenas um botão para sintonizar novas estações.
Mas quem disse que eu encontrava o meu controle?

Procurei em todos os cantos da minha alma.
Comecei pelo ego.
Aquele lugar supercosciente me deixou mais agoniado com o que havia ao meu redor.

Fui então para o id.
Gente, que bagunça!
Vi cada coisa que me deixou assustado...

Fechei a porta correndo e parei no superego.
Ah, sempre ele!
Perguntei timidamente se ele havia visto meu controle.
E ele me respondeu: "Eu sou o seu controle."
Então, pedi: "Posso mudar de canal?"
Sua resposta veio simples e direta: "Pode. Basta querer."

Eita, por essa eu não esperava.
O que me impede de mudar se eu realmente quero mudar?
Medo dos balões?
Me apegar ao real por não crer em ilusões?
Ou achar que tudo melhorará?

Acho realmente que tudo melhorará, como diz o curta.
Eu tenho que ter paciência.
E focar naquilo que realmente me interessa, me faz bem.

Olhando por esse lado, algo mudou.
Já soltei um ou dois balões sem lamentar a perda.
Sinto uma segurança transbordando a minha alma.
Vejo minhas relações com muito mais clareza.

Ainda não consegui mudar de canal.
Felizmente, a programação mudou.
Saiu a novela mexicana, estreou a nova história de Manoel Carlos.
Não sou Helena, pois não tenho vocação.
Sou o Paulo.
E é por ser o Paulo que acredito que as coisas melhorarão.

Boa semana para todos!

P.S.: Se alguém achar um controle remoto perdido, pode jogar fora. Já assumi o meu próprio controle. ;)




"Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai, que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar

Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus
Só pra me provocar
Meu amor juro por Deus
Me sinto incendiar"

(Pela luz dos olhos teus - Tom Jobim)

terça-feira, 17 de maio de 2011

Balões

Como todos sabem, eu solto pipas.
Minhas pipas estão sempre voando pelo céu.
Cada uma mais diferente do que a outra, mas todas importantes.
Algumas eu carrego perto de mim.
Outras já deixo planar soltas.
E nesse ritmo, vou aprendendo a cuidar delas.

Nesses últimos dias, percebo uma transformação em algumas de minhas pipas.
De pedaços de papel-seda, viraram balões de ar.
A princípio, todos esses balões pareciam cheios e se destacavam entre as minhas pipas coloridas.
De repente, eles começaram a se deformar.
Murcharam.
Seu brilho e suas cores se perderam no caminho.
Será que eu lamento a perda?

Acho que não lamento o que ocorreu.
Sinto mais a possibilidade de outras pipas se tornarem balões.
Não quero que isso aconteça.
Não sei como seria a minha vida assim.
No entanto, tenho consciência que não posso fazer nada para impedir.

Enfim, continuarei a jornada.
Tenho que me acostumar com a presença dos balões.
Afinal, as pipas se sobrepõem em grande número.
E no final das contas, é isso que importa.

Preparados para Aracaju?


‎"Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser..."

(Álvaro de Campos)

domingo, 8 de maio de 2011

Reescrevendo a história

Primeiro, vem sempre a esperança.
Ansiedade por momentos inesquecíveis.
Um amor para recordar.
Loucuras inesperadas.
Outra vida a ser criada.

Vivi com intensidade.
Imaginei.
Naveguei.
Indiretas interromperam meu sonho.
Como?
Indiretas continuaram a se espalhar.
Uma vez dito, uma vez esquecido.
Sempre tendo em mente que é preciso reescrever a história.

Ontem comecei a escrever o primeiro capítulo.
Uma história, pelo menos, eu já tenho.

Olhei, vivi e senti.

Penso que esse é apenas o início.
A jornada é longa.
Um dia eu aprendi isso.
Levo, contudo, a vontade de continuar caminhando.
Imagino que muitas coisas boas ainda virão.
Nós.
Hei de chegar nesse ponto.
Onde quer que ele esteja, hei de chegar nesse ponto...

Boa semana para todos!


"Devagar, devagar com o andor
Teu santo é de barro e a fonte secou
Já não tens tanta verdade pra dizer
Nem tão pouco mais maldade pra fazer.
E se a dor é de saudade
E a saudade é de matar
Em meu peito a novidade
Vai enfim me libertar..."

(Samba de um minuto - Roberta Sá)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Assim eu caminho

Recomeço minha caminhada.
Olho para uma pessoa iluminada.
Gosto de quem gosta de mim.
É a aposta de mais um carnaval enfim.
Revejo momentos.
Imagino novos elementos.
Outros dias, outros inventos.

Percebo que a vida é para ser vivida.
E vivo ela de maneira destemida.
Respostas só o tempo trará.
E acredito que ele não demorará.
Simplesmente vivo, simplesmente feliz com o que vem do Pará.


Boa Páscoa pessoal!

"Eu sou a veia e você é a agulha
Eu sou o gás e você é a fagulha
Eu sou o fogo e você é a gasolina
Eu sou a pólvora e você a mina
O nosso jogo perigoso combina
Nós somos fogo
Nós somos fogo
Nós somos fogo e gasolina..."

(Fogo e gasolina - Roberta Sá)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Banho de cachoeira

Com um tempo agradável, eu subi e subi.
Parei.
Respirei.
Olhei.
Sorri.
Subi e subi.
Parei.
Respirei.
Olhei.
Olhei para o Rio.
Sorri duplamente.
Subi e subi.

No alto, estava a cachoeira.
Fria e forte.
Olhei.
Entrei.
Senti.
Respirei.
Saí.
Olhei.
Senti.
Sorri.

Lá embaixo, estava a vida.
Desci.
Olhei.
Sorri.
Senti.

Não falo.
Mas sinto.
Falo pouco.
Mas ouço.
Acalmo.
E espero.

Como um banho de cachoeira, é preciso sentir.
É preciso experimentar.
É preciso viver.

Ok. Eu espero.



"O que sou eu no Universo?
Simples Ser Humano
Grão de areia no deserto
Gota d'água no oceano
Minúscula partícula da criação
Grandiosidade, perfeição..."

(Salgueiro - 2006)

quinta-feira, 24 de março de 2011

Outono.

As águas de março te trazem todos os anos.
Tu chegas com aquele ventinho mais frio.
O sol se curva a tua vontade e se cobre com lençois chamados nuvens.
E até junho tu ficas ao nosso lado, nos preparando para o frio e fechado inverno.

Eu gosto do outono.
Tem dias agradáveis que dão um descanso nesse Saara chamado Rio de Janeiro.
Ainda faz calor, é verdade.
Mas é um calor gostoso que nos convida a curtir o por-do-sol na praia, de preferência acompanhado.

Eu gosto do outono.
É a época de jogar fora aquelas folhas velhas caídas no nosso jardim.
Caíram ao longo do tempo, mas ficaram lá porque não nos preocupamos com elas.
Aí elas vão se acumulando até chegar ao ponto em que dominam toda a paisagem e atrapalham a caminhada.
Mais do que nunca, é tempo de jogá-las fora.

Eu gosto do outono.
Nesses meses, fico mais reflexivo e observador.
A medida que jogo minhas folhas fora, percebo porque as acumulei para não continuar fazendo isso.
Até o dia de hoje, várias folhas pequenas já se foram.
O problema são as grandes.
Aquelas que pesam muito e que são difíceis de se desfazer.
O bom é que a estação está apenas começando.
Ainda tenho muito tempo pela frente.

Eu gosto do outono.
Mas não gosto desse elefante na minha sala.
Ele existe mesmo ou só eu o vejo?

Eu gosto do outono.


"Eu não quero te ver
Nem quero acreditar
Que vai ser diferente
Que tudo mudou...
Você diz não saber
O que houve de errado
E o meu erro foi crer
Que estar ao seu lado
Bastaria!
Ah! Meu Deus!"

(Meu erro - Paralamas do Sucesso)

terça-feira, 15 de março de 2011

O Recomeço

Terminou o carnaval.
Agora o ano realmente começa.
Depois daquele período festivo que vai do Natal ao carnaval, chegou a hora de voltar a trabalhar mesmo.
Ou melhor, voltar a trabalhar olhando na folhinha quando é o próximo feriado.

Como já passei dessa fase (mas estou querendo voltar), não me preocupo mais com essas datas.
Para mim, a data mais importante nesse período foi meu aniversário.
Sim, o rapaz aqui está um pouco mais velho...
Fiz 24, com cara de 23 e corpo de 15...
E ano que vem, temos bodas de prata!

Acho que o aniversário significa o fim de um ciclo e o começo de um outro ainda mais desafiador.
Hoje percebi como funciona esse ciclo.
Nesses dias, todas as dores se concentraram em um só local e logo se foram.
Ao acordar, veio a ideia de me redimir de parte de meus pecados.
Assumir erros e pedir perdão.
Nada foi planejado, mas foi acontecendo...

Pedi perdão a você porque sei que foi a pessoa que mais magoei nesse último ano.
Por ser sincero, acabo ferindo os sentimentos de quem me quer bem.
Assim como você, também aprendi que "o que não foi" não "era para ser".
Essa lição mudou totalmente minha vida e me fez ver o passado de uma outra forma.
Ainda há alguns pontos a superar, mas com o tempo tudo passa.

Superar, superar, superar...
Será que somente eu superei?
Ou será que cruzamos uma linha perigosa e eu não percebi?
Só sei que preciso falar com você.
É o ciclo se fechando.

O ciclo se fechou e eu também fechei você.
A vontade passou.
Que bom.
Não queria cruzar mais essa linha também.
Pena que meu celular ficou pelo caminho...

Então, é tempo de recomeçar.
Um novo ciclo começa e eu quero voltar a sonhar.
Já posso?
As nuvens estão se afastando e o sol está querendo aparecer.
Será que o tempo voltará a brilhar?

Humm, espero que sim.
Mas será apenas um brilho.
Não haverá calor.
É o outono que se aproxima.
É o tempo em que acredito no amor, mas não acredito em amor.
É o tempo em que as paixões são folhas nas árvores.
São bonitas ao longe, mas ao tocá-las, caem suaves no chão e lá permanecem até o vento levá-las para outro jardim.
Cansei de correr atrás de folhas perdidas.
Prefiro árvores inteiras. São mais seguras...
Rabugice? Não. Maturidade!

Já posso voltar a sonhar?
Sonhar para recomeçar.
Um recomeço de sonhos.
Um recomeço de paz.
É disso que preciso.

Boa semana borboletas!


"A luz apaga porque já raiou o dia
E a fantasia vai voltar pro barracão
Outra ilusão desaparece quarta-feira
Queira ou não queira terminou o carnaval.

Mas não faz mal, não é o fim da batucada
E a madrugada vem trazer meu novo amor
Bate o tambor, chora a cuíca e o pandeiro
Come o couro no terreiro porque o choro começou."

(Novo Amor - Roberta Sá)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Como uma onda

"A vida vem em ondas como um mar", já dizia a letra da música.
Depois do que aconteceu nesse final de semana, não tenho como negar a veracidade disso.
Se na sexta-feira o baixo astral imperava, no sábado tudo mudou.
Mudou como uma onda batendo na areia e carregando sentimentos inexplicáveis.

Eu não esperava que um simples convite para uma tarde na praia e curtir a Banda de Ipanema renderia uma mudança tão grande.
De início, havia a resistência. A preguiça. O desânimo.
Mas chamado de amigo não se pode recusar.
E nesse calor, uma praia sempre cai bem.
Vou.

Opa, já é sábado de manhã.
Vamos confirmar.
Sim, tudo certo.
Até lá.
Hum, mas que preguiça, eu confesso.

Outra janela se abre.
"Como vc está?"
"Vamos indo..."
"Indo para onde?"
"Indo em busca da felicidade."
"Legal. Que horas?"
"Na hora em que seu coração bater mais forte..."
"Nossa, vc está tão poético hoje..."
"É, acordei assim...rsrs... espero que dure bastante essa fase..."

(Pausa)

"Tenho que sair agora. Se quiser companhia para alguma coisa, é só combinar."
"Quer ir a praia + Banda de Ipanema?"

(Pausa)

"Te encontro lá"

(Pausa)

Estranho, o frio na barriga voltou.
Bom sinal.

Na praia, te olho.
Você me olha.
Nossos corpos se aproximam.
"Tá olhando o quê, hein?"
"Não posso te olhar?"
"Não (encabulado)."

Então te beijo, uai...
Você me beija, uai...
Nossas mãos se acariciam no metrô, uai...

E assim um banho de mar recuperou minhas energias.
E assim fiz algo que levei dez meses para conseguir.

De bem.
De boa.
Leve.
Indo em ondas.
Ondas de um mar calmo e sereno...

E cadê a Banda?
Vocês podem perguntar.
A Banda só se concentrou e não saiu.

Ainda bem.
Ainda bem!
Pois meu samba estava sendo tocado nas areias...

Boa semana!


"Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo
Não adianta fugir
Nem mentir
Pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar"

(Como uma onda - Lulu Santos)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Estrada da perdição

Caramba! Este é meu 50º post no blog!
Quantas coisas aconteceram nesse período.
Algumas boas, outras ruins.
Mas o que importa é que cheguei até aqui.

Gostaria que essa postagem fosse mais alegre.
Infelizmente, algumas questões impediram que isso acontecesse.
Me sinto um quero-quero perdido.
Um passageiro na janela de um trem vendo a paisagem e ignorando o destino final.
Me perdi e quero me encontrar.
Ah, como quero-quero!

Nessa virada de ano, prometi para mim mesmo que 2011 seria um ano para agir, realizar.
O ano até que começou bom, com muitos planos e muitas expectativas.
Mas, de repente, ele degringolou abruptamente.

A expectativa deu lugar a apatia.
Os planos foram frustrados.
O futuro se tornou uma gigantesca interrogação cuja resposta estou longe de descobrir.

Medo.
Moleza.
Preguiça.
Desânimo.
Desconfiança.

A origem disso tudo está no ano passado.
São consequências do caminho errado que escolhi.
Entrei na estrada da perdição e não percebi as indicações para parar e retornar.
Segui em frente, sendo levado pelos outros e por um eu que não era eu.
Felizmente fui resgatado pelo superego.

Hoje estou bem.
Estou calmo.
Mas calmo até demais.

Onde deixei minha disposição?
Quando perdi o brilho no olhar?
Por que o coração não bate mais acelerado no primeiro encontro?

Tais respostas estão ocultas pelo destino.
Só me resta continuar vivendo e esperar por coisas melhores.
Desejo que isso tudo seja apenas uma fase.
E será!

Opa, agora caiu a ficha!
Acabei de entrar no meu inferno astral...
Ô, que coisa "maravilhosa"...
Deixa eu ir lá pegar meu guarda-chuva porque vem chuvas torrenciais nos próximos 30 dias...

Bom fim de semana a todos!


"Se os fatos não se encaixam na teoria, modifique os fatos."

( Albert Einstein )

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Há quanto tempo...

Há quanto tempo que eu não tinha um final de semana tão agradável!
De sexta a domingo, ocorreu uma sucessão de eventos prazerosos com os amigos.
E o resultado desse fim de semana foi: muitas risadas, um Paulinho parecendo um pimentão assado e algumas promessas...

Depois de um feriado meio mais ou menos, veio ela: a sexta-feira.
É aquele dia que é o prenúncio de dias alegres chegando.
No caso, a sexta foi marcada com um rodízio de pizza, um Magnum e um filminho gostoso na tv.

Há quanto tempo que eu não te via!
Há quanto tempo que eu não beijava!
Há quanto tempo que eu não via um filme abraçado!
Há quanto tempo que eu não achava um filme da Sandra Bullock bom! rsrs

Promessa nº1: encontros mensais >>>> encontros quinzenais >>>> encontros semanais???

Finda a noite, já é outro dia: o sabadão de sol.
E sábado de sol é a deixa para se ir a praia.
Nesse verão carioca, uma praia lotada, um sol fortíssimo e umas ondas marotas foram o cenário de uma tarde gostosa.
Quantas histórias surgiram, quantas piadas foram criadas!
Da moça grávida (de quem????) até os traficantes gays, tudo foi falado.
Sim, a gente se dá superbem.

Promessa nº2: usar mais protetor solar, não sentar tão perto da água e conhecer os traficantes gays

Há quanto tempo que eu não ia a praia!
Há quanto tempo que eu não ia a praia no Rio!
Há quanto tempo que eu não ficava queimado de sol!

Mas praia cansa.
Vamos dormir porque domingo é um novo dia.
"Qual será a programação?", me perguntam.
"Não sei, você é o produtor.", eu respondo.
"Ah, queria uma comédia. Algo leve.", ele retruca.
"Se é assim, vamos de Woody Allen", eu sugiro.
Ah, se eu soubesse onde estava me metendo...
No Cine, vemos dois filmes dele.
Ou melhor, enrolamos durante dois filmes...rsrs
Essa edição quase bateu "O Homem da Linha", hein!
A próxima tem que ser melhor.
E será!
"Aimeupiru Edition" is coming....hahaha

Há quanto tempo que eu não via meus amigos!
Há quanto tempo que eu não assistia um filme do Woody Allen!
Há quanto tempo que eu não conversava com alguém sobre o futuro sem críticas!

Promessa nº3: ver mais filmes de zumbis e menos Woody Allen...rsrs

Taí. "Há quanto tempo" é uma expressão que pretendo riscar do meu vocabulário em 2011.
Como pretendo ser mais feliz esse ano, quero voltar a fazer coisas que gosto, mas que por algum motivo deixei de lado.
Acho que agora, com um coração mais tranquilo e projetos iniciados, isso será mais fácil.

Bons momentos como esses virarão rotina.
Bons momentos como esses virão acompanhados de boas companhias.
Bons momentos como esses serão buscados esse ano.

Centímetro por centímetro estou construindo minha estrada.
A estrada é longa, mas eu não me importo.
Quero mais é viver!
Nossa, há quanto tempo queria dizer isso...



"Se é pecado sambar
A Deus eu peço perdão
Eu não posso evitar
A tentação
De um samba dolente
Que mexe com a gente
Fazendo endoidecer"

(Se é pecado sambar - Mariana de Moraes)

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Pai Tempo - Ano II

Data: Junho/Julho de 2010

Local: MSN - Rio de Janeiro - Brasil

Personagens: Eu e o Sol

Conteúdo: expectativas grandes, risadas compartilhadas, planos para o futuro

Final do capítulo: chuvas torrenciais

Observação: Algumas páginas depois, ou melhor, seis meses depois, a história tem um fim. Não, tem uma possibilidade de recomeço.

Vou explicar essa introdução confusa.
Na semana passada, organizando meus arquivos no computador, eu encontrei uma conversa do MSN salva.
Nem me lembrava o que havia ali. Mas ela foi salva por algum motivo.
Leio e volto no tempo até um momento da minha vida em que os dias andaram bastante ensolarados e o coração palpitava de felicidade.

Na época, a história não teve o final que gostaria.
Mas hoje percebo que algumas coisas na vida não acontecem porque não tem que acontecer mesmo.
E o melhor de tudo para mim foi que, ao ler aquela conversa, eu não senti nada.
Aquela esperança que ainda habitava em mim desapareceu.
Li.
Lembrei.
Sorri.
Fechei.
Segui.

Acho que agora finalmente estou pronto para voltar a minha jornada de pisciano romântico.
"O amor da minha vida"? Mudou-se.
"O sol"? Brilha sossegado em outro carnaval.
E o "Paulinho"? Caminha sereno e salgueirando.

Nessa virada de ano, eu não fiz nenhuma promessa.
Apenas tracei uma meta: ser uma pessoa melhor e mais feliz.
Ainda tenho muito a fazer para chegar lá.
Mas saber que estou com um coração menos magoado me ajuda muito nisso.

Enfim, obrigado Pai Tempo!
O que seria de um sonhador como eu, se não fosse você a me dar continuamente esperança de que tudo pode melhorar.
Agora é comigo.
Vou a luta e o que tiver de ser meu, será!

Bom final de semana a todos!

E como minha vida misteriosamente gira em torno do carnaval:

"Onde está? Diz aí
Carlota Joaquina veio descobrir
Na busca o bonde da Lapa Madame Satã
Pequena Notável requebra até de manhã"

( Salgueiro 2011 )

domingo, 2 de janeiro de 2011

Cartas de tarô

Três goles de caipirinha e sento na mesa.
Embaralho, embaralho e puxo uma carta.
Sai "O Diabo"...
Ouço atentamente o que representa esta carta na minha vida passada.
Se for verdade mesmo, explica muita coisa no presente.
Muitas traições no passado me levaram a esta vida anti-social.
Enfim, pago por erros cometidos em alguma vida passada.

Mas nada de ficar remoendo o passado!
Ano novo chegando e é hora de descobrir as previsões para 2011.
Fazendo um balanço do que li, em 2011 o Paulinho:
- namorará ou casará;
- iniciará um grande projeto em parceria com um amigo;
- deixarei a família de lado em alguns momentos;
- terá que esquecer alguém para poder seguir em frente.

É, lendo isso, acho e espero que seja um ano realmente bom.
Pelo menos, já comecei a fazer minha parte.
Diminuí a velocidade dos meus anseios e espero sentado na minha varanda.
Algumas pessoas serão esquecidas para sempre, outras por algum tempo.
Mas no lugar delas, surgirão novos amigos que me acompanharão nessa longa caminhada pelos próximos 363 dias.

Então é isso aí, minha gente!
Vamos ter fé!
Pois com Ele podemos tudo!

Abração e boa semana!

"Já está escrito, já está previsto
Por todas as videntes, pelas cartomantes
Tá tudo nas cartas, em todas as estrelas
No jogo dos búzios e nas profecias
Cai o rei de Espadas
Cai o rei de Ouros
Cai o rei de Paus
Cai não fica nada."

(Cartomante - Elis Regina)