quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Doidos e Santos

De doido e santo, todos temos um pouco.
E cada pouco, me faz mais doido e mais santo ainda.
Contradições a parte, sou uma esfinge.
Decifra-me e nos devoremos.

Sou doido porque acredito no impossível.
Acredito na verdade.
Na reciprocidade.
Tolerância.

Sou santo porque acredito em quem eu sou.
Acredito na bondade.
Na sinceridade.
Amizade.

Ninguém vai fazer com que eu mude de comportamento.
Sou doido e santo com muito orgulho e com muito amor.
Enfim, um doido para devorar e um santo para decifrar...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

E a palavra é...

Continuando nesse balanço de fim de ano, tenho procurado uma palavra ou termo que possa resumir esse ano.
Tem sido uma tarefa difícil.
Afinal, passei por tantas situações.
Se vivi tanta coisa, senti muito mais.

Penso que dividindo o ano por períodos, talvez fique mais fácil.
Em 2011, passei por "fases" bem definidas.
Graças a Deus, sobrevivi a todas elas...

De janeiro a março, passeei pelas depressões ao longo do caminho.
"Susto" e "medo" podem definir esses três meses.
A alternância entre o medo da perda e o medo do ganho me fizeram entender que eu tinha que diminuir o ritmo, reduzir a marcha e, às vezes, nem tirar o carro da garagem.
Por outro lado, percebi num susto que nada nessa vida é para sempre.
Tudo tem seu fim.
Felizmente, não foi o fim e espero que tão cedo não o seja.

Ou foi o fim sim?
Talvez o fim do meu inferno astral diriam os astrólogos e piscianos de plantão.
É, pode ser.

Ah, adoro março!
Adoro o dia 13 de março!
É mais um ano pessoal que se inicia junto com o verão que termina.
Isto significou... recomeço!

Recomecei a caminhar em abril.
Saí das depressões e fui passear na serra.
Subi.
Desci.
E conheci a Serra das "Paixões" no final do mês.

Mas como toda paixão, essa serra é um caminho sinuoso, arisco e surpreendente.
De um grão de areia no deserto, pode brotar uma gota d´água no oceano.
Com o tempo, fui vendo que, quanto mais eu andava para frente, mas o meu destino ficava para trás.
Curioso, não?
Persisti nesse caminho até o dia em que eu cansei.
Para que subir e descer se o caminho era sempre o mesmo?

Então, parei.
Ou melhor, viajei de maio a agosto.
De norte a sul, vivi uma época de "reencontros".
Reencontros físicos.
Reencontros emocionais.
Reencontro com a vida.

De uma conversa inocente, surgiu um "porto seguro" em minha vida.
Me acolheu.
Me aconselhou.
Me deu forças para abrir uma janela que nunca tive coragem de chegar perto.
Antes de abrir, esperava uma paisagem hostil.
Depois de aberta, admirei um dos mais belos cenários que existem na Planície Amiga.

Com as baterias recarregadas, voltei a Serra das Paixões.
"Decepção"?
Não, "confirmação".
Não há termo melhor para definir o que encontrei.
Ah, se eu tivesse ganhado R$1,00 por cada mentira que ouvi!
Já daria para pagar um belo jantar.
Enfim...

Descrente com essa caminhada, em agosto, decidi parar um pouco e sentar.
Não sabia muito o porquê, mas achava que era um momento para refletir.
Redesenhar planos, corrigir falhas e escolher qual caminho a seguir.
Meditando, sinto alguém me cutucando.
De repente, vivenciei uma "leveza".
Não sabia explicar direito.
Apenas entendi que eu tinha que ir pelo Vale Sem Pensar.

Valeu ou não valeu esses três meses?
Hoje me faço essa pergunta e creio que valeu.
Foste meu primeiro "anjo".
E isso é bom.
Por enquanto, é o que tenho para dizer.

Agora, em dezembro, temos o "Horizonte".
Às vezes, sinto que já vi essa paisagem e penso em desistir.
Em outros momentos, penso que não me custa nada seguir em frente até ele.
Queria decidir logo, mas isso não depende só de mim.

Se em 2011 várias palavras se alternaram, espero que no próximo ano haja apenas uma palavra.
Mas qual seria essa palavra afinal?
Viver?
Sonhar?
Conquistar?
Realizar?
Não, acho que não...
Vou ficar com uma mais simples, mais real e mais próxima: Paulinho.
Que em 2012, eu tenha um ano mais "Paulinho".
É tudo que peço, é tudo que mereço...

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Perdas e ganhos

Na vida, nas nossas relações, geralmente há um equilíbrio entre o que ganhamos e o que perdemos.
Ninguém sempre ganha.
Ninguém sempre perde.
Às vezes, há um desequilíbrio para um lado ou para o outro.
Mas logo isso volta ao normal.

Em 2011, balancei até demais.
Eu acho que ganhei muita coisa.
Mas também perdi outras tantas.
Alternei entre bons e maus momentos.
Ora subi na montanha-russa, ora desci.

Sinto que nesse fim de ano estou subindo novamente.
Talvez seja o clima natalino ou a chegada de um novo ano.
Não sei.
Mas há algo novo no reino.
Há uma insustentável leveza.
Há uma felicidade incontida.
Sorrisos brotam do nada.

Tal felicidade veio acompanhada de uma paz interior muito forte.
Ando sereno.
Ando calmo.
Ando mais diplomático do que já sou.
Ando, apenas, sem me preocupar aonde chegarei e se chegarei em algum lugar.

Pensando melhor, acho que atingi essa paz ao perder algumas coisas.
Tenho que reconhecer que foram perdas boas.
Perdi o medo do julgamento de um outro que não existe.
Perdi a necessidade de aprovação daqueles que não estão mais aqui.
Perdi algumas (ou muitas?) pessoas que já deveriam ter ido há mais tempo.

Mas também ganhei.
Ganhei amigos que já tinha.
Ganhei mais um porto seguro.
Ganhei mais autocontrole.
E ganhei uma nova vida dentro da vida.

Torço para que esse processo continue no próximo ano.
Por isso, antecipei as minhas metas principais.
Já comecei a deixar a luz do Céu entrar e me afastei de quem não me merece.
Com tudo mais claro, posso distinguir o meu sol das nuvens passageiras que têm que voar para outras bandas.

Ah, o sol!
Tu és tão belo e radiante!
Me aquece e ilumina os meus passos.
Que haja mais dias ensolarados!
Assim, haverá muito mais ganhos com certeza.

Enfim, é isso.
Vou ali sorrir mais um pouco.
Isso me faz tão bem!
Me dê a sua mão, anjo bom, e vamos juntos contar as horas...