segunda-feira, 28 de junho de 2010

A Insustentável Leveza do Meu Ser

Julho se aproxima e me sinto mais leve a cada dia.
Será um mês de mudanças, de rupturas, de fechamento de um ciclo.
Muitas coisas ficarão para trás e muitos projetos se iniciarão.
Não sei como será minha vida a partir de agosto.
Mas por incrível que pareça isso não me aflige.
Estou tranquilo porque confio plenamente nos planos feitos por Deus para mim.

Voltei a sonhar, voltei a acreditar.
Voltei a me sentir leve como um floco de neve; feliz como um simples aprendiz.
Voltei até a usar óculos com prazer!

Ouço palavras de incentivo, de aprovação pelo blog.
Essa não era a proposta, mas aceito os elogios porque sei que são sinceros.
Esse é um espaço que exponho ideias perdidas em uma mente neurótica.

Ser neurótico tem suas vantagens e desvantagens.
Se por um lado, acho que o mundo gira a minha volta em alguns momentos, por outro, há situações que me fazem acreditar no futuro.
Sei que são apenas palavras soltas, olhares trocados por aí.
Mas sou neurótico. Fazer o quê?

Dificilmente olho para trás com arrependimento. Tudo que passou, passou.
Prefiro olhar para frente, pensando que há sempre mares para serem desbravados.
Contudo, hoje, olho para o lado. Surpresas do destino...
Aguardo o sinal para prosseguir e dar mais um passo.
Não sei se ele virá ou não.
Mas a minha neurose aponta alguns indícios que o sinal está por vir.

Enquanto isso não acontece, prossigo admirando a paisagem.
Vejo pessoas, animais, ritmos ora alternados, ora coordenados.
Mas o mais importante é que vejo vida.
Vejo um Paulinho leve de coração e espírito.
De peito aberto para o que der e vier...



"Não existe meio de verificar qual é a boa decisão, pois não existe termo de comparação. Tudo é vivido pela primeira vez e sem preparação. Como se um ator entrasse em cena sem nunca ter ensaiado. Mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida? É isso que faz com que a vida pareça sempre um esboço. No entanto, mesmo "esboço" não é a palavra certa porque um esboço é sempre um projeto de alguma coisa, a preparação de um quadro, ao passo que o esboço que é a nossa vida não é o esboço de nada, é um esboço sem quadro."

(A Insustentável Leveza do Ser - Milan Kundera)

domingo, 27 de junho de 2010

Ouvindo segredos de liquidificador

Nesses últimos dias, meus amigos têm confiado a mim seus maiores segredos.
São medos, angústias, alegrias, revelações...
Tenho ouvido de tudo um pouco.
Mas o que eu faço com isso?
É muita responsabilidade para uma pessoa só.
Estou me sentindo uma caixa d´água que está prestes a entornar. O fluxo de entrada de água só aumenta, mas a saída não é encontrada.
A solução?
Vou esvaziá-la. Botarei tudo que é irrelevante para fora...

- Você foi pago para fazer isso. E com isso minha revolta só aumenta. Depois sou eu que estou errado. Sua culpa é mínima agora, mas no futuro você verá o monstro que criou... (ligo o liquidificador e trituro)

- Não sei se você está certo ou errado. Como você quer tomar as rédeas de sua vida se as suas decisões sempre passam pelo crivo dos outros? Aja! Arrisque! Olhe para o outro lado! (ligo o liquidificador e trituro)

- Ele está afim e você não percebeu? Cadê a suposta mulher? Tu és uma garotinha em determinados assuntos. Sua experiência de nada vale quando a vida se apresenta tal como ela é... (ligo o liquidificador e trituro)

- Como você é capaz de me julgar? Estamos no mesmo nível, rapaz. Não sou melhor, nem pior que você. Veja isso! (ligo o liquidificador e trituro)

Pronto. Os segredos viraram pó. O vento levou e ninguém nunca os achará.
Mas minha cabeça não ficou leve.
Ainda tenho os meus segredos, meus medos, meus pensamentos mais loucos...
Quem os ouvirá?
Silêncio.
Abrem-se as cortinas e a plateia está vazia.
Iniciarei, então, meu monólogo.
Só me resta pegar o liquidificador novamente e triturar na maior velocidade possível...

- Ele voltou. Ele sempre volta. Como eu já falei: somos dançarinos de tango e esse é o nosso destino...

- Papo leve e descompromissado. Não se falou no elefante vermelho e preto na sala. Será que só eu vi o tal do elefante? Ou a tendência é o elefante crescer e expulsar um de nós da sala? Na dúvida, fico com a segunda opção...

- Sou pretensioso? Não sei. Há controvérsias. Eu apenas quero o fim. Isso me basta...

E assim, o rio volta a correr.
As águas que por aqui passaram não tornarão a aparecer...
Mas ele permanece. Sim, o superego nunca falha...
Enquanto ele dita as regras do jogo, deito no colo e vejo a Julieta esperando uma nova Carta para responder. Tranquila e bela como sempre...

Boa semana patriótica para todos!



Uma das músicas da minha vida:

“Eu protegi o teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor
Pra qualquer um na rua, Beija-flor
Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador
Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor...”

(Codinome Beija-flor - Cazuza)

sábado, 26 de junho de 2010

Explicando o título

Hoje me dei conta que ainda não havia explicado o tal superego egoísta.
Nesses últimos dias, ele se mostrou mais egoísta ainda...

Por que as outras pessoas conseguem fazer isso e eu não?
Por que a culpa sempre aparece nos melhores momentos?
Por que eu volto e tento corrigir?

Tudo isso é causado pelo meu superego.
Ele é egoísta e não pensa nos seus colegas id e ego.
Coitado do ego, ele vira refém do grandalhão superego e não tem vida própria.
Já o id, não. Ele quer viver, quer explorar, quer arriscar.
Às vezes, ele até consegue se dar bem. Mas logo depois tudo volta a ser dominado pelo superego.
Ai, rapaz, assim fica difícil...

Não consigo dar passos, apenas saltos.
São saltos longos, arriscados e raros.
Penso milhares de vezes nas possibilidades antes de tomar uma decisão.
Na hora H, fecho os olhos e simplesmente salto.
Não sei o que encontrarei. Apenas salto.

Até o momento, os saltos tiveram sucesso.
Caí em nuvens fofas que me levaram mais adiante.

Mas agora estou em dúvida: dou um passo ou salto?
Acho que virarei um canguru. Saltando e saltando até eu cansar.
Ou melhor, até o superego voltar ao total domínio e a luta recomeçar...



"Façamos da interrupção um caminho novo.
Da queda um passo de dança,
do medo uma escada,
do sonho uma ponte, da procura um encontro!"

(Fernando Sabino)

quinta-feira, 24 de junho de 2010

E se...

E se...?
Essa era a grande pergunta do filme.
E se Claire tivesse ido encontrar Lorenzo?
E se Charlie tivesse procurado Sophie antes de ela partir?
E se...?

Esses são questionamentos que sempre fazemos ao longo da vida.
Eles representam momentos de indecisão e dúvida quanto a arriscar um possível passo.
Geralmente, tomamos as decisões mais cautelosas, sempre prezando nossa zona de conforto.
Contudo, sempre voltamos as tais perguntas "E se...?".

Não há um lado certo ou um lado errado.
Há possibilidades que se apresentam e riscos a serem tomados.
No momento, tenho tentado parar de pensar no condicional e aproveitado cada bom momento.
Não sei se estou certo ou se estou errado.
Só sei que nada sei!
E e estou indo muito bem assim, no colo e tranquilo...

Abraços bocejantes!



"Como será amanhã?
Responda quem puder
O que irá me acontecer?
O meu destino será
Como Deus quiser
Como será?..."

(O Amanhã - União da Ilha em 1978)

terça-feira, 22 de junho de 2010

Cenas da vida

Ontem, acho que vi pela terceira vez o episódio final de uma das séries de tv que mais gostava. E pela terceira vez me emocionei. E pela terceira vez as lágrimas começaram a brotar.

Acho que aquela cena em que os quatro estão reunidos resume a minha relação com meus amigos.
Não acho impossível que daqui uns 20 anos a maioria de nós estará reunida, brindando as conquistas e lembrando um saudoso passado.
Temos as nossas divergências e o destino temporariamente nos separa.
Mas o mundo gira e novamente estamos juntos, rindo e brincando.

A Casa Verde é onde encontro a felicidade. É onde as tristezas são esquecidas e as energias são recarregadas.
Somos muito mais que amigos reunidos. Somos uma família pedrossegundense, somos uma elite literária.

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Hoje tive um flashback.
Ao sair de uma reunião, reencontro o passado. Reencontro a dona felicidade numa rua perdida da Lapa.
Há quase um ano eu percorri um circuito inesquecível.
Devassa - Bar do Peixe - Bar das Quengas
Bebi mais do que deveria e ri como nunca.
Tudo começou naturalmente e uma coisa foi levando a outra.
Horas felizes. Pessoas felizes.
Andei pela André Cavalcanti e fui me lembrando de cada momento.
Como é bom viver, como é bom conhecer pessoas especiais.
Uma coincidência que melhorou ainda mais o meu dia.

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Essas duas cenas foram mera coincidências nesse início de semana.
Ou não?
Só sei que elas me fizeram ver e lembrar que a vida é bela, cheia de bons momentos.
Às vezes não entendemos o caminho traçado por Deus para nós.
Mas temos que dar tempo ao tempo, e tudo fica mais claro.
A porta que se fecha hoje representa o portão que se abrirá amanhã.

Vamos vivendo e acreditando. Sorrindo e navegando...

P.S: Adieu, les bleus! Adieu, les bleus! hahaha


"Unforgettable in every way
And forever more, that's how you'll stay
That's why, darling, it's incredible
That someone so unforgettable
Thinks that I am unforgettable too..."

(Unforgettable - Nat King Cole)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Pai Tempo




É tempo de existir.
É tempo de caminhar.
É tempo de refletir.
É tempo de sonhar.

Quero desbravar mares nunca dante navegados.
Quero embarcar no Peregrino da Alvorada e seguir em frente, rumo ao desconhecido, rumo ao fim do mundo.
Aslam me espera. A esperança impera.
O mundo é redondo; não tem limites.
O limite é o meu corpo.
Até ele não mais aguentar, continuarei navegando.
Até ele não mais aguentar, continuarei acreditando.

Keep walking. Keep sailing. Keep living life in peace.

É tempo.
É tempo de arriscar.
É tempo de arriscar e viver possíveis adversidades em minha jornada.

Aposto todas as minhas fichas no vermelho-e-preto 13!
Saiu dois patinhos na lagoa. 22. Bingo!
B-7. Afundei um submarino.
04-08-15-16-23-42. E a mega-sena faz mais um vencedor em uma ilha perdida no mapa!
Tiro ás de espadas. Valete de copas. Dama de ouros. Rei de paus. Bati. Venci.

É tempo de sensibilidade. É tempo de doçura.
É tempo de responsabilidade. Não é mais tempo de amargura.
É tempo de razão.
É tempo de sedução.
É tempo. É tempo. É tempo...


"Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio
Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio
Como zune um novo sedã
Tempo, tempo, tempo mano velho
Tempo, tempo, tempo mano velho
Vai, vai, vai, vai, vai, vai..."

(Sobre o tempo - Pato Fu)

sábado, 19 de junho de 2010

Andando na montanha-russa

E o inverno chegou...
Estranho e tenso em uma madrugada gelada na cidade...

Alguns sinais foram dados, mas na minha ânsia por viver não os percebi.
Quando você é acordado por tiros em sua rua de madrugada, é sinal de que o dia não será bom.
Quando você acorda passando mal, é sinal de que o dia não será bom.
Quando você abre seu e-mail e sente algo estranho, é sinal de que o dia não será bom.

Curiosidade ou medo? Passado, presente ou futuro?
Atitudes equivocadas. Perguntas feitas ao vento. As respostas vieram junto com as nuvens. Respostas sombrias, mas verdadeiras. Isso não há como negar.
O sol se pôs, a alegria também.

Lembranças de um passado recente me fizeram experienciar algo que jurei que nunca mais viveria.
Ah, mas eu sou um tolo. Sou tolo por achar que as coisas são tão belas quanto parecem ser. Sou tolo por traçar caminhos incertos em nuvens de algodão.

Ao telefone, mais más notícias vindo. O que fazer? Como ajudar?
Não há o que fazer. Tenho que apoiar e crer que as coisas irão melhorar.

Crer. Essa foi a palavra do dia. Acreditar. Fé.
E os anjos apareceram no momento exato. Trouxeram conforto e esperança, como sempre o fazem. Deram um abraço virtual de que eu precisava.
Ao final do dia, coração tranquilo, mente nem tanto.

Um novo dia raiou e voltei a ascendente.
Trabalho realizado. Monografia quase terminada.
Será? Será? Diploma a vista?

E a alegria voltou. Rir da desgraça dos outros não é legal, mas não deu para segurar.
O meu prédio virou circo. Faróis acesos, duelo formado e uma platéia animada.
Começado o cabo-de-guerra, quem será o vencedor? O correto ou a errada?
E o show ficou completo. Polícia na parada e veio a ordem.
Gritos e xingamentos no ar!
A errada saiu.
Você pensa que a festa acabou? Nada! A festa continuou...

É a vida, um dia subindo, outro descendo. Mas sempre em movimento, sempre caminhando ora acompanhado ora sozinho.
Troco o CD. Tiro o samba e ligo na FM.
Qual música será tocada? Não sei, aguardem e verão...


Minha homenagem a um gênio que se foi:

"A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o visitante sentou na areia da praia e disse:
“Não há mais o que ver”, saiba que não era assim. O fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre.

(José Saramago)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Dançando tango

Somos dançarinos de tango.
Dançamos, dançamos e dançamos sem parar.
Ora o ritmo aumenta, ora o ritmo diminui.
A dança começou numa noite preta. Eu ansioso e você me confundindo.
Sorrisos no início, distanciamento no final.
Você me procurou e eu já tinha sumido no meio da fumaça.
Passaram-se alguns meses e quem nos impedia tinha ido embora.
Dançamos tango e deitamos no divã.
Mas dançarino que é dançarino, não para de bailar.
Ah, mas como é bom dançar!
Você me visitou e eu acreditei.
Não sei em que eu acreditei, mas te asseguro que eu acreditei.
Me envolvi com as marcações da música e não percebi o filme mudando.
Criamos uma casa no lago e você repousou.
Passado e futuro, tudo misturado, tudo em um só momento.
A vingança veio, forte e inesquecível.
Olhei e você repousava.
Já era noite, abaixamos a música e nos conhecemos.
Anseio por noites tão belas como aquela.
Raiou um novo dia, raiou uma esperança.
Mas a esperança não durou muito.
Tudo mudou rapidamente. Tudo se transformou.
Senti o baque, mas não parei de dançar tango.
Enquanto soltava pipa com você, novas pessoas entraram no ritmo do tango.
Ah, mas ninguém te supera!
Ou melhor, ninguém supera a nossa dança.
Somos mestres na arte de seduzir.
Trocamos olhares diretos. Sabemos o que o outro quer.
Por isso, nos entendemos.
Nossa, se eu tivesse tido esse insight antes!
Sabemos que nunca passaremos de dançarinos de tango.
Mas isso nunca nos impedirá de aumentar o volume e continuar dançando.
Dancemos, então!
Dois dançarinos, belos e felizes, vivendo a vida ao som de Gardel.
Pensando melhor, acho que prefiro dançar um samba mais sossegado...


"Gosto muito de te ver, leãozinho
Caminhando sob o sol
Gosto muito de você, leãozinho
Para desentristecer, leãozinho
O meu coração tão só
Basta eu encontrar você no caminho..."

(O Leãozinho - Caetano Veloso)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Seguidor da Filosofia da Pipa

Este tópico seria abordado mais para frente, mas alguns fatores me fizeram antecipá-lo.
Dito isto, tenho que confessar uma coisa: sou seguidor da filosofia da pipa. E isso já ocorre há muito tempo. Não me sinto envergonhado. Assumo e ponto final!
Antes que me mandem para uma clínica de reabilitação junto com a Amy, deixa eu explicar o que seria essa tal filosofia da pipa.

Há algum tempo, trato meus amigos e as pessoas que me cercam como se fossem pipas que tenho a mão. Não se trata de manipulação como muitos podem pensar, uma vez que uma pipa no céu ganha vida própria. É mais uma simbiose com o outro, uma troca quase sempre positiva.

Vou tentar explicar melhor de uma outra forma.
Uma pipa é feita de papel de seda e gravetos cruzados. Esse papel de seda pode ser de variadas cores e tamanhos, mas isso não altera a estrutura da pipa.
Assim são as pessoas. Nos relacionamos com pessoas tão diferentes, de raças, credos, físicos e profissões variadas. Mas em sua essência elas são sempre seres humanos por trás de todos esses rótulos que criamos.

A prática de soltar uma pipa é semelhante a um relacionamento, seja este com a família, amigos, namorados, etc.
Se segurarmos firmemente a pipa na mão, ela não voa e consequentemente não nos divertimos. Já se dermos muita linha, corremos o risco de perdermos a pipa de vista ou alguém cortar a linha e levar a pipa para si.
Acredito que em um relacionamento devemos agir da mesma forma.
De que adianta prendermos quem gostamos, não a deixando livre para viver e explorar o mundo?
Por outro lado, qual é a graça de uma relação a distância? Distância emocional principalmente.
Será que não é melhor um meio termo? Dar e respeitar o devido espaço, mas mantendo sempre o contato tanto físico quanto emocional?

Grande parte das mudanças que ocorreram em minha vida é explicada por esse pensamento. Durante muito tempo, agi em um desses extremos, principalmente o de me afastar de quem eu gostava, achando que era isso que era o melhor para mim. Achava que era o outro quem deveria manter a relação. Com o tempo, percebi que estava agindo errado, e felizmente consegui mudar muita coisa.

Resolvi escrever esse post hoje devido a algumas coisas que meus amigos me disseram nessa última semana:

>>> Ontem o Rodrigo me disse que estava muito feliz com a minha felicidade. Este era um amigo que eu estava deixando de lado e me pegou de surpresa ao falar isso...

>>> O meu amigo Rafael, de Sampa, conseguiu me deixar mais feliz do que eu já estava com o comentário dele no últimos post. Foi algo simples, mas que significou muito para mim pois ele foi um dos motivos que me fizeram rever as minhas ações. Durante um tempão me afastei dele, sem saber que todo esse tempo ele estava lá em outro estado torcendo por mim!!! Ainda bem que percebi a tempo que eu estava deixando de lado um amigo tão especial como ele. Obrigado por ter me desculpado, meu querido! Não deixarei que isso ocorra novamente!


>>> E por último, mas não menos importante, meu querido amigo Daniel. Esse rapaz virou meu confessor, ou melhor, ambos somos conselheiros um do outro em nossas conversas pelo msn. Nossa, conheço esse casaverdiano há oito anos, mas nem sempre tive contato com ele. E olha que temos o mesmo grupo de amigos e moramos perto. Incrivelmente nos aproximamos mais depois que saímos do CPII. As inesquecíveis sessões do Cine Casa Verde me fizeram e fazem valorizar alguém que está sempre ali, dando um grande apoio nos momentos em que abro o coração. Na semana passada, enquanto eu comentava sobre meu horizonte com por-do-sol, ele me disse: "Fico feliz quando vc está bem.". Interpretações a parte, essa pequena frase deixou minha felicidade um pouco mais contagiante. Você com sua Angelina e eu com meu sol, ainda seremos muito felizes. Pode escrever!

Poderia citar outras pessoas que me fazem acreditar na filosofia da pipa, mas elas certamente terão seu espaço aqui mais para frente...
Ai, ai, deixa eu terminar meu post por aqui mesmo, antes que a emoção tome conta de mim. Macho que é macho não chora! hahaha
Zoeira, não choro porque estou feliz e muito feliz!

Abração a todos!



"Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam "não"
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração"

(Canção da América - Milton Nascimento)

domingo, 13 de junho de 2010

Salve Santo Antonio!

Rio de Janeiro, -10°C sob o sol

Nessa cidade gelada, bem que uma fogueira não seria uma má ideia. É verdade que ia acabar com o piso daqui de casa e chamuscar as paredes, mas o que vale é a intenção.
Por falar em fogueira, estou sentindo falta de uma boa festa junina. Das quadrilhas às comidas típicas, queria de tudo um pouco. Perdi a da UFRJ. Onde será a próxima? Dia 30?
Vamos caprichar na nossa, hein, Equipe!

E hoje é dia de Santo Antonio! Santo casamenteiro e padroeiro dos pobres.
Mesmo sem sair de casa, fui abençoado por ele via fotografia. Mais uma vez, o que vale é a intenção, né?

Pensando no assunto, acho que sou um cara abençoado. Tenho uma boa família, ótimos amigos e uma boa saúde. Como já disse no post anterior, estou vivendo uma fase muito boa, com perspectivas de mudança em várias áreas, principalmente nas mais importantes.

Sempre após as tempestades, vêm a bonança.
Acredito que já peguei muita chuva, das garoas até os temporais com inundações. Mas de todos esses momentos, sempre encontrei forças para resistir e continuar o meu caminho.
Agora o caminho está mais suave, sem curvas acentuadas, nem obstáculos. Ando tranquilamente embaixo do sol que brilha radiante, observando a paisagem e seguindo rumo ao horizonte.
Aonde chegarei? Sei lá, quero mais é caminhar...

"Hum, mas esse caminho está tão tranquilo! Deve ter algo vindo por aí..."
Sim, isso já me passou pela cabeça.
Olha os questionamentos aparecendo de novo...rs

Ah, não procuro pensar nisso. Mas e se vier? Qual é o problema?
Tenho plena consciência que "I will survive"! rsrsrs
No momento estou mais preocupado em viver. Viver plenamente e buscar ser feliz da melhor forma possível.

Quer saber de uma coisa?
Deixa eu voltar para o meu caminho. Nele, hoje, já encontrei um belo sorriso e um bonito por-do-sol, e andei de moto pela primeira vez.
O que mais encontrarei? Não sei. O tempo e o destino responderão esta pergunta.
Vamos viver cada momento! Vamos viver, meus amigos!

Salve Santo Antonio!


Saudações de um amante da vida


"Viver
E não ter a vergonha de ser feliz
Cantar, e cantar, e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Eu sei que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita:
É bonita
É bonita
E é bonita..."

(O que é, o que é - Gonzaguinha)

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Direito de resposta

Não, eu não processei ninguém, nem fui processado. Ainda...
Apenas acho que o comentário do Daniel merece ser explorado aqui no blog.

Já conversamos bastante sobre esse assunto, mas acho que você resumiu muito bem o que acontece com muitos de nós.
Como saber se ele ou ela é quem realmente esperamos? Será que agora vai?
Acho que, a princípio, não temos como saber. Fora bolas de cristal e cartas de tarô, não se pode prever o futuro.
Futuro... Futuro... Futuro...
Pensando bem, será que vale a pena tentar adivinhar o futuro? Ou é melhor viver um dia após o outro, buscando valorizar cada momento especial que temos?
Sei não...
Por experiência própria, prefiro a segunda opção.
Em todas as vezes que me preocupei com como seria o meu futuro, acabei esquecendo de viver o presente e perdi muitas oportunidades que a vida me ofereceu. Desde vagas de trabalho a pessoas muito especiais.
Essa preocupação em excesso com o futuro se refletia em uma série de questionamentos que fazia (e às vezes ainda faço) sobre alguns pontos de minha vida.

Nos processos seletivos: sou o primeiro a me apresentar? o que eu falo? será que falo sobre aquele curso? será que eu deveria ter vindo com uma roupa melhor?
Nos relacionamentos: eu ligo ou espero que ligue? mando mensagem? será que eu agradei? será que me achou muito calado? por que o telefone não toca? por que não aparece mais no msn?

Ah, quantas perguntas! Muitas perguntas e poucas ações...
Acho que aí está uma parte do mistério. Esperava muito do outro e agia pouco.
Percebi que se continuasse assim, eu não sairia do lugar. Entendi que se eu quisesse alguém ou algo, eu deveria correr atrás pois dessa forma teria muito mais chances de conquistá-lo.

Analisando esse último ano, concluí que estou no caminho certo. Eu comparo minha vida nesses dois momentos e vejo o quanto estou melhor agora do que estava antes.
É claro que encontrei muitas pedras pelo caminho, mas elas ficaram para trás. Agora ando olhando para frente, para o novo horizonte que se aproxima. Não esqueço do passado, mas ele me serve apenas para lembrar que a minha felicidade está a minha frente. Quem sabe em um novo emprego, quem sabe no por-do-sol do Arpoador.
O tempo dirá...

Então, caro Daniel, não fique pensando muito sobre essas questões. Confie na sua intuição e apenas aja. Já diz o velho ditado austro-húngaro: "Quem não arriscov, não petiscov!"... rsrs
Viaje ao desconhecido, meu amigo! Explore! Descubra! Invente! Enfim, viva!

Ih, acho que estamos iniciando nosso projeto de "Cartas entre Amigos". Será?
Olha eu questionando o futuro...

Conheçam o blog dele: http://figuinho.blogspot.com



"Que belo estranho dia pra se ter alegria
E eu respondo e pergunto

É só o tempo pra gente ficar junto
É só o tempo de eu enlouquecer por você
É só o tempo pra gente ficar junto
É só o tempo de eu enlouquecer..."

(Belo Estranho Dia de Amanhã - Roberta Sá)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Correr para quê?

Eram 8h da manhã e o termômetro marcava 18°. Apesar do frio e do sono, eu já estava preparado para ir ao estágio e começar a minha correria diária.
Ando apressado pela rua para chegar mais rápido possível ao ponto do ônibus e não me atrasar muito. Mas que surpresa! E não é que o meu velho 464 me esperava no ponto?
Pensei: "Oba! Hoje chego no horário!".

Correr para quê?

Mais uma surpresa: não havia trânsito! Como? A essa hora e nadica de carros e ônibus atravancando meu caminho? É, milagres existem...
Ah, mas nem tudo é perfeito. Eu não contava com as 2.000 pessoas que resolveram pegar o meu ônibus pelo caminho...
Resumindo: acabo chegando no meu ponto em cima da hora. Tenho dez minutos para chegar ao IP. Sim, agora vai começar a correria.
Desvio das pessoas desfilando pela rua, corto mais algumas outras e finalmente chego ao meu destino. Sem ar, é claro, mas feliz de chegar na hora.
Abro a porta da sala e surpresa: cadê as pessoas?
É, terei que esperar um pouquinho. Só me resta abrir meu livro do Dostoiévski e ler um pouquinho.

Correr para quê?

Finda a reunião, resolvo ir a loja da Vivo mudar meu plano. Saio apressado do IP para chegar o mais rápido possível ao shopping e não demorar muito na fila.
Fila? Que fila? Ganho uma senha e meu número é o próximo?

Correr para quê?

Saio correndo da Vivo para poder pegar logo o ônibus, já que a fome apertava. Só esqueci de combinar com o motorista que demorou mais de vinte minutos para passar...

Correr para quê?

Chego na casa do meu tio e vou logo almoçar. Como meu boião, lavo a louça e arrumo as coisas que tenho para levar para casa. Olho no relógio e vejo que ainda é cedo. "Opa, vou logo para casa e aproveito e tomo um banho antes que esfrie."
Com esse pensamento, lá foi um maluco pela rua com uma cachorra em uma das mãos, um carrinho de feira cheio de compras na outra, e um casco de tartaruga, ops uma mochila, nas costas.
Ah, mas a síndica resolveu lavar a cisterna hoje. Água para banho? Tentarei amanhã de manhã...

Correr para quê?

Hoje era o dia para eu ter tido mais calma, mais paciência. Pena que percebi isso tarde demais.
Estranho que para outras coisas eu sou mais paciente. Por que será?
Pensei, pensei e pensei. A cabeça ferveu um pouco, mas no final eu vi a diferença.
Entendi que se ainda não aconteceu, é porque ainda não chegou a hora.
É bem verdade que olho sempre para o relógio para ver se a hora já chegou, mas sei que isto está perto de acontecer.
Como tenho certeza disso? A cada mensagem que recebo, a cada conversa que temos, a cada sorriso que dou atrás dessa tela, é mais um pedaço de nossa estrada de tijolos amarelos...
Ah, ainda haverá o por-do-sol no Arpoador! rsrs

Nossa, hoje escrevi demais! Comecei falando de uma coisa e terminei falando de outra...
Deve ser esse sol iluminando o meu novo horizonte.........



"Don´t worry, don´t worry, don´t do it, be happy
Let the smile on your face
Don´t bring everybody down like this
Don´t worry, people, will soon pass
what ever it is
Dont´worry be happy
I am not worried, I´m happy..."

(Don´t worry be happy - Bobby McFerrin)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Notas de uma 2ª feira gelada

Rio de Janeiro, -10° C:

* Brasil 5 x 1 Tanzânia - era treino ou amistoso? Pelo que vi, estava mais para pelada de final de semana dos casados contra os solteiros. Mas assistindo ao JN, fiquei com uma dúvida: se a Tanzânia é mais quente, mais úmida e está ao nível do mar, por que o Brasil jogou lá se vai estrear em uma cidade mais fria, seca e a 1.200 m de altitude? Acho que essa nem o Jorginho consegue explicar...

* Depois de perder 2h do meu tempo assistindo essa pelada braba, era hora de voltar a monografia. Ah, só que primeiro eu tinha que derrubar um monstro chamado preguiça...
Eliminada a preguiça, experienciei um momento mágico em minha casa. Durante mais de três horas, o telefone não tocou e a cachorra não latiu. Para completar, baixou uma entidade vinda de não sei onde que escreveu mais de dez páginas e produziu pérolas como "multiplicidade de fatores motivacionais" e "corroborado com as proposições". Nesse ritmo, termino minha mono até o final da semana!

* "Vou te falar. Deu saudade de vc. Quero te conhecer rapaz" - E receber esta mensagem foi o ponto alto do dia. Pena que já era tarde para eu responder. Mas o que eu responderia?
Parafraseando o samba da Unidos da Tijuca: "É segredo e não conto a ninguém, sou da Tijuca e vou além, até Niterói; no seu olhar vou cair; a tentação é te descobrir..." =)

* Mais notícias da redação a qualquer momento ou no jornal das dez...



"E me fala de coisas bonitas
Que eu acredito
Que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito
Caráter, bondade, alegria e amor
Pois não posso
Não devo
Não quero
Viver como toda essa gente
Insiste em viver
E não posso aceitar sossegado
Qualquer sacanagem ser coisa normal..."

(Bola de Meia, Bola de Gude - Milton Nascimento)

sábado, 5 de junho de 2010

Começando os trabalhos...

Voltei a ter um blog.
É uma decisão correta? Não sei. O tempo dirá.
Só sei que eu precisava de um espaço para poder falar o que está na minha cabeça.
Poderia procurar um colega de profissão, mas enquanto o orçamento não permitir, sigo por aqui...
Caso alguém entre nesse blog, espero que tenha paciência com o rapaz aqui. Escreverei quando der vontade e sobre o que der vontade...
Claro que sugestões e conselhos serão bem aceitos, mas suas críticas deixe para depois.
Enfim, já comecei os trabalhos.
Agora é hora de espantar a preguiça e seguir para o novo horizonte que já avisto. E o sol desse novo horizonte será tema de muitas postagens por aqui...


"O Sol nasceu para emanar luz aos quatro cantos do mundo e exterminar a escuridão da alma humana. Ele apaixona todo espírito quando desce ao entardecer em poente e renova toda esperança quando volta nascente no horizonte."

(Fabianno Santana - "Sua Majestade, o Rei Sol" - enredo da Acadêmicos do Sossego em 2011)